quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Depois da tempestade



Somos como a Natureza.
Na verdade, não dá para esconder que somos parte dela.
Nos fazemos tais seus ímpetos, suas inconstâncias.
Os dias tempestuoso,por exemplo...
O vento forte arranca folhas secas,lançando-as para longe,movimenta os galhos, por vezes é capaz de destruir a árvore. Vento que assobia e juntamente com os trovões e relâmpagos pedem "Pare, aquiete, respeite".
As nuvens escuras vem substituir o céu que outrora azul e límpido. Escuridão trazendo água (vida!).
Água que pode ser matriz, para um solo fértil fazer brotar, alento para a planta já crescida
permanecer. Água que pode ser força varrendo imundícies,enchendo rios,alagando ruas...
Temos nossos dias de nuvens escuras e precisamos permitir que a tempestade ocorra. Seja para amenizar aridez,para inundar, ou para lavar os espaços no coração.
Sei que esperam ver em nós sempre um céu aberto;O brilho nos olhos e o perfume das flores nas mãos... O que muitos fingem não compreender,é que flores não brotam sem que haja pelo menos um singelo orvalho.
Portanto, se exige o florescer, respeite meus trovões. E principalmente, saiba semear aquilo que desejas colher após as tempestades.


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