quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Depois da tempestade



Somos como a Natureza.
Na verdade, não dá para esconder que somos parte dela.
Nos fazemos tais seus ímpetos, suas inconstâncias.
Os dias tempestuoso,por exemplo...
O vento forte arranca folhas secas,lançando-as para longe,movimenta os galhos, por vezes é capaz de destruir a árvore. Vento que assobia e juntamente com os trovões e relâmpagos pedem "Pare, aquiete, respeite".
As nuvens escuras vem substituir o céu que outrora azul e límpido. Escuridão trazendo água (vida!).
Água que pode ser matriz, para um solo fértil fazer brotar, alento para a planta já crescida
permanecer. Água que pode ser força varrendo imundícies,enchendo rios,alagando ruas...
Temos nossos dias de nuvens escuras e precisamos permitir que a tempestade ocorra. Seja para amenizar aridez,para inundar, ou para lavar os espaços no coração.
Sei que esperam ver em nós sempre um céu aberto;O brilho nos olhos e o perfume das flores nas mãos... O que muitos fingem não compreender,é que flores não brotam sem que haja pelo menos um singelo orvalho.
Portanto, se exige o florescer, respeite meus trovões. E principalmente, saiba semear aquilo que desejas colher após as tempestades.


terça-feira, 20 de dezembro de 2016

O preço

Fotografia: desconhecido.
(...)

Custava me falar a verdade ao invés de mentir olhando nos meus olhos?
Custava ter dito o que não estava bom para você ao invés de ir buscar em outro lugar?
Custava usar de honestidade e colocar um ponto final em tudo, ou demonstrar que queria tentar mais uma vez?
Custava não se omitir em seus erros e deixar de fingir para todos que nossa família era perfeita?
Custava não abri a boca pra dizer "Eu te Amo", já que pelo que parece seu coração não estava mais comigo?
Não né? Nada te custou.
Nenhuma das minhas lágrimas,nem um terço da minha dor.
Tudo que não custou pra você saiu muito caro pra mim.
É,eu paguei tudo...até extinguir e hoje o que trago a você é vazio.
Felicidades de agora em diante.
Os juros, a vida fica encarregada de lhe cobrar.

sábado, 17 de dezembro de 2016

E... Ação!

Já parou pra pensar no tempo que se perde tentando ser algo que um dia idealizaram pra nós?
A pose, o gesto, a fala, o jeito de andar, o que vestir, a carreira a seguir, casamento, filhos... Um enredo escrito a muitas mãos.
Sem perceber vivemos histórias que não escrevemos conscientemente e nossa vontade é apenas uma figurante no meio disso tudo.
Aí, um belo dia você alcança aquilo que sonharam pra você. É a "pessoa exemplar", o filho perfeito, o profissional de sucesso, o pai (ou mãe) maravilhoso(a). O tempo passa. Os pais envelhecem, a carreira se encerra, os filhos criam asas e voam... O que fica? Tudo que você não é.
Quanta vida custa uma vida em que você possa se olhar e dizer : "Sou feliz assim,sendo a versão torta e feliz de mim mesmo"?
Quanta vida custa deixar seus sonhos morrerem para atuar sonhos alheios?
Não há tempo para ensaios... Vamos!
Qual história você quer viver?