quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Flores,asas e sonhos



Imagem via: Pinterest

Olho a minha frente e vejo claramente, é uma encruzilhada.
Não sei o que se esconde no caminha à direita; não sei o que se esconde no caminho à esquerda. A sensação é de que tenho que escolher, mas permaneço numa espécie de torpor.

Olho para trás e é um fragmento de mim que vai rebuscar uma resposta, não consigo me ver totalmente nela... é como se surgisse uma nova paisagem, aquela cheia de flores e cores (como primavera) é uma parte Doce, alegre, até certo modo ingênua, certa de que todas as pessoas possuem algo de bom, pobrezinha! Confiava nas pessoas...Uma esperança bonita, um sentir intenso... Um viver, menos racionalizado. Mas quando essa parte volta é ela que faz lembrar como é ser a parte sobrevivente, a parte de resta depois das dores, das mentiras, das ilusões, mágoas...Uns diriam que a parte mais forte, eu diria que é a parte necessária.
E o que isso tem a ver com a encruzilhada? a sensação de vulnerabilidade que ela trás diante do desconhecido e o medo de lidar com os monstros que deixei quando sai às pressas do lugar onde outrora abriguei meus cacos...Isso me faz sentir de novo aquela sensação de que tenho que me refazer,e dói. Dói porque carrego em mim todas as partes das quais minha alma se faz ( e se refaz) e todas as partes inclui as dores, pesadas... Aí você pode pensar.. " E porque você não deixa as dores pra trás? Acha que nunca tentei? rs 
Sabe quando nasce uma erva daninha ao lado de uma planta que gostamos? Arranca a praga da erva daninha que a planta será arrancada junto, e morre. Exatamente assim que me sinto, parece que arrancar determinadas coisas que trazem dor também significa dizer arrancar tantas outras que trazem (ou trouxeram) alegria... Deixar a erva daninha viva também não vai deixar a planta viva por muito tempo. Sim, eu sei... eu sei.
Eu poderia voar, acima dos caminhos a minha frente... observar de cima onde gostaria de pousar e ali seguir. Mas é que perdi minhas asas mediante isso tudo, e não sei se por medo,por falta de forças, covardia,sei lá o que, eu nem penso mais se ainda sou capaz de voar livre. 
Tenho Saudades de uma parte de mim que nem sei se um dia existiu.
É uma encruzilhada.

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